sexta-feira, 24 de julho de 2009

"Trabalhando" com Gêneros Textuais

Com o intuito de dar continuidade nos encontros da formação continuada dos professores as séries finais do Ensino Fundamental, o GESTAR II, realizou-se mais um encontro no dia 10 de julho com uma carga horária de 10 horas. O encontro ocorreu em uma das dependências da Escola Municipal Professor Manoel Silvestre Freire. Teve todo apoio da diretora a Sra. Erinalda de Melo, também cursista, e toda equipe técnica que se dedicou muito para a realização do encontro.
O encontro foi dividido em dois momentos. O primeiro foi dedicado ao estudo do Guia Geral do programa. Este Guia tem como principal objetivo identificar os fundamentos do programa e a sua articulação como política de formação continuada em serviço. O conteúdo do Guia Geral foi analisado e discutido por todos. Cada um expondo sua opinião a respeito da proposta de estudo do Programa. O segundo momento foi dedicado ao início do estudo do TP 3 que traz como tema motivador o Trabalho. O TP ( caderno de teoria e prática) trata o tema motivador de uma maneira que nos leva a refletir sobre o uso da linguagem numa perspectiva de um dos nossos mais relevantes trabalhos. Pela linguagem agimos no mundo e nos identificamos como seres humanos, já que é o domínio da linguagem que nos diferencia dos demais habitantes animais do planeta.
Foram muitos os textos, das unidades 9 e 10, utilizados e que tratavam do trabalho como tema principal. A partir da leitura desses textos, fez-se uma reflexão sobre os modos em que esses textos, orais ou escritos, se apresentam; ou seja, sobre suas características em relação ao contexto em que são usados. Ao conjunto dessas características de uso chamamos gênero textual. Ressaltando que todos os textos traziam como tema o trabalho, isso fez com que surgisse uma proveitosa discussão entre os cursistas.
O encontro iniciou-se com um convite para uma viagem. Nesta viagem os professores cursistas teriam que preparar duas malas para viajar. Em uma, a bagagem que cada um tem pra levar. Na outra, tudo aquilo que buscam, pretendem trazer desta viagem. O destino da viagem seria o GESTAR II, a dinâmica procura promover uma reflexão sobre a prática pedagógica de cada professor.
Cada um deles expôs no mural um pouco de suas práticas e falou de suas expectativas em relação ao Programa. A dinâmica descontraiu e introduziu todos no tema a ser estudado.
A participação dos professores cursistas foi de extrema importância. Todos deram suas contribuições e partilharam experiências enriquecendo o encontro. O ambiente descontraído contribuiu para o sucesso dos estudos. Todo material foi estudado e discutido atenciosamente por todos para que venha a ser realmente útil nas salas de aula fortalecendo o processo de ensino e aprendizagem em nossas escolas.
Todos saíram certos do compromisso que têm com seus alunos e com o programa. Levando para suas salas sugestões de atividades a serem aplicadas com os alunos, e trazidos os resultados para socialização com o grande grupo em um próximo encontro.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Festival de Cultura no Arraiá da Escola Desembargador Felipe Guerra

Dentro de um contexto sócio educativo, a Escola Estadual Desembargador Felipe Guerra realisou mais um tradicional arraiá. No dia 10 de Julho, alunos da terceira série do Ensino Médio, juntamente com professores, equipe técnica e pedagógica e principalmente com o apoio do diretor, o Sr. francisco Pedro Sobrinho, fizeram accontecer mais uma manifestação de cultura e tradição.
O arraiá foi montado na frente da escola, com barracas e comidas típicas, do beijo, pescaria e apresentação de quadrilhas, das quais a quadrilha Nêga Maluca da cidade de Paraú e a do Clube dos Idosos mostraram para a comunidade em geral que a escola também é um espaço de mediação do conhecimento sistemático, cultura e tradição. E uando aliados, escola, família e comunidades as coisas tornam-se mas fáceis de serem concretizadas.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Festas Juninas nas turmas do Lendo e Aprendendo

Professores alfabetizadores do Programa Brasil Alfabetizado, do Governo Federal, em Triunfo Potiguar resolvem fazer comemorações juninas nas turmas do Lendo e Aprendendo. Na ocasião foram sorteados brindes e degustado de muitas comidas típicas preparadas pelos próprios alfabetizadores.


A sala de aula transformousse em um verdadeiro arraial em que famílias bricavam e aprendiam ao mesmo tempo. Piadas, conversas e exemplos do cotidiano de cada um fez da brincadeira uma divertida aula.






Os professores puderam mostrar que para o processo de ensino e aprendizagem de Jovens e Adultos é necessário além de fundamentação teórica compromisso no que estão fazendo.




Contudo, todos saem ganhando. Principalmente aqueles que somente agora estão sendo oportunizados à aprendizagem sistemática.









É muito gratificante perceber que essas pessoas estão buscando o crescimento pessoal. A liberdade através da aprendizagem a qualquer custo. Por isso, antes de qualquer coisa devem ser respeitadas. Respeitar seus limites, suas diferenças para que possam seguir a diante e atinjam seus objetivos. Serem pessoas esclarecidas para exercerem o papel que lhes realmente é atriubuído. O de pessoas cidadãs.




terça-feira, 7 de julho de 2009

ABERTURA DO GESTAR

Com o intuito de promover possibilidades de aperfeiçoamento dos professores de Língua Portuguesa e Matemática dos anos finais da rede Ensino Municipal do Município de Triunfo Potiguar, a SEMEC, Secretaria Municipal de Educação e Cultura, deu início a execução de mais um programa, o GESTAR II, em parcerias com os Governos Estadual, Federal e Municipal, buscando aprimorar as práticas pedagógicas e profissionais desses professores.
A solenidade de abertura do GESTAR II, deu-se nas dependências do Centro Comunitário, onde fez-se presentes representantes dos mais diversos seguimentos da sociedade que estão envolvidos com a educação do Município. A colaboração e participação de todos foi fundamental para a realização do evento.







A secretária Municipal de Educação e Cultura a Sr. Ana Maria de Medeiros e Almeida, abriu a solenidade dando as boas vindas a todos e falando da satisfação que a Secretaria tem em poder apoiar os professores em novas oportunidades de formação.
A continuação da solenidade foi mediada pelos professores formadores de língua portuguesa, Ítalo Campêlo, e o de matemática , Antonio Carlos Peixoto. Os diretores de escolas, supervisores e coordenadores pedagógicos, também deram suas contribuições. O professor formador de língua Portuguesa do município de Paraú, Ykaro Alves Campêlo, a secretária de Ação Social, Railma Estevam e a coordenadora da creche, Michele Pinheiro, participaram e deram boas contribuições para a realização do evento.
O encontro foi finalizado com a distribuição de kits, camisetas e um delicioso lanche coordenado por Nonato Bezerra e sua equipe de apoio.
Todos saíram convictos de que o GESTAR II é mais uma ferramenta à disposição dos professores de Língua Portuguesa e Matemática das série finais do Ensino Fundamental do nosso Município.







Nonato Bezerra, Maria Helena e Vanda. Foram fundamentais para a realização do encontro.


Professores cursistas de Língua Portuguesa e Matemática atentos à apresentação do GESTAR.




Eu e a Secretária Municipal de Educação a Srª. Ana Maria de Almeida


Todos comprometidos com o GESTAR II, representantes de vários seguimentos sociais envolvidos com nossa educação. A diretora Delmira, Eu, a secretária Ana Maria, o professor formador de lpingua portuguesa da cidade de Paraú, a coordenadora da Creche a Srª. Michele Pinheiro e a secretária de ação social a Srª. Railma Estevam.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

LIVRO DIDÁTICO: do ritual de passagem à ultrapassagem


Ezequiel Theodoro da Silva*

À fina força dos costumes
Antes de adotar um livro didático,
pergunte criticamente
se não vais ser um professor apático!

Costumo dizer que, para uma boa parcela dos professores brasileiros, o livro didático se apresenta como uma insubstituível muleta. Na sua falta ou ausência, não se caminha cognitivamente na medida em que não há substância para ensinar. Coxos por formação e/ou mutilados pelo ingrato dia-a-dia do magistério, resta a esses professores engolir e reproduzir a idéia de que sem a adoção do livro didático não há como orientar a aprendizagem. Muletadas e muleteiros se misturam no processo...
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Costumo lembrar que o livro didático é uma tradição tão forte dentro da educação brasileira que o seu acolhimento independe da vontade e da decisão dos professores. Sustentam essa tradição o olhar saudosista dos pais, a organização escolar como um todo, o marketing das editoras e o próprio imaginário que orienta as decisões pedagógicas do educador. Não é à toa que a imagem estilizada do professor apresenta-o com um livro nas mãos, dando a entender que o ensino, o livro e o conhecimento são elementos inseparáveis, indicotomizáveis. E aprender, dentro das fronteiras do contexto escolar, significa atender às liturgias dos livros, dentre as quais se destaca aquela do livro “didático”: comprar na livraria no início de cada ano letivo, usar ao ritmo do professor, fazer as lições, chegar à metade ou aos três quartos dos conteúdos ali inscritos e dizer amém, pois é assim mesmo (e somente assim) que se aprende.
Costumo esclarecer que à perda crescente da dignidade do professor brasileiro contrapõe-se o lucro indiscutível e estrondoso das editoras de livros didáticos. Essa história começa a ser assim no início da década de 70: a ideologia tecnicista sedimentou a crença de que os “bons” didáticos, os módulos certinhos, os alphas e as betas, as receitas curtas e bem ilustradas, os manuais à Disney etc... seriam capazes – por si só – de assumir a responsabilidade docente que os professores passavam a cumprir cada vez menos. Quer dizer: à expropriação das condições de trabalho no âmbito do magistério correspondeu um aumento gigantesco nas esferas da produção, da venda ou distribuição e do consumo de livros e manuais didáticos pelo País.
Costumo ainda mostrar que esse apego cego ou inocente a livros didáticos pode significar uma perda crescente de autonomia por parte dos professores. A intermediação desses livros, na forma de costume, dependência e/ou “vício”, caracteriza-se como um fator mais importante do que o próprio diálogo pedagógico, que é ou deveria ser a base da existência da escola. Resulta desse lamentável fenômeno uma inversão ou confusão de papéis nos processos de ensino-aprendizagem, isto é, ao invés de interagir com o professor, tendo como horizonte a (re)produção do conhecimento, os alunos, por imposição de circunstâncias, processam redundantemente as lições inscritas no livro didático adotado. Dentro desse circuito, onde esse tipo de livro prepondera mais que o professor e reina absoluto, o ensino vira sinônimo de “seleção/adoção” dos disponíveis no mercado; a aprendizagem, de consumo semestral ou anual do livro indicado, sem direito à reclamação no Procon...


NO COMEÇO, A LEITURA
Regina Zilberman*

Um dos primeiros livros didáticos a circular no Brasil deve ter sido o Tesouro dos meninos, obra traduzida do francês por Mateus José da Rocha (Silva, 1808-1821)1 . Na mesma linha, a Impressão Régia publicou Leitura para meninos, “coleção de histórias morais relativas aos defeitos ordinários às idades tenras e um diálogo sobre a geografia, cronologia, história de Portugal e história natural”(Cabral, 1881). A primeira edição data de 1818, sendo organizador do livro José Saturnino da Costa Pereira.
Alfredo do Vale Cabral registra reedições de Leitura para meninos em 18212 , 1822 e 1824, fato raro, pois a Impressão Régia dificilmente reimprimia obras de seu catálogo. A novidade talvez se deva à circunstância de que Leitura para meninos encontrou seu público entre as crianças que aprendiam a ler, assimilavam padrões morais e estudavam os conteúdos de disciplinas curriculares, como geografia, cronologia, história de Portugal e história natural.

*
1 Em 1836, o livro foi reeditado pela Tipografia Pillet Ainé. Composto originalmente por Pedro Blanchard, chamou-se nesse ano Tesouro dos meninos: obra clássica dividida em três partes: moral, virtude, civilidade, “vertida em português e oferecida à mocidade estudiosa, por Mateus José da Rocha” (RAMOS, 1972).
2 A edição de 1821 apresenta ligeira diferença no título: denomina-se Leituras para os meninos, “contendo um silabário completo, uma coleção de agradáveis historietas próprias à primeira idade e um diálogo sobre a geografia, cronologia, história de Portugual e história natural ao alcance dos neninos”.